domingo, 30 de janeiro de 2011

Facebook: encontre seus amigos

Entrei pela primeira vez no Facebook no ano passado. Se existisse uma carteirinha para os associados, na minha estaria assim gravado: membro desde junho de 2010. E desde que me tornei membro deste clube social, sou um usuário freqüente. A ideia de começar a usar esta comunidade de relacionamentos veio em um domingo quando estava em casa com meus filhos. O Gabriel estava usando o Orkut e o Pedro pediu que eu criasse um usuário no MSN para ele poder interagir com a família e amigos. Naquele momento, percebi que estava ficando por fora e que, se quisesse acompanhar a evolução deles, teria que me inserir mais neste mundo dos relacionamentos virtuais.

Na hora que o notebook vagou para mim, abri uma conta no Facebook. Escolhi esta rede social, pois já havia sido convidado por outros amigos com idades similares a minha e ouvira dizer que a idade média dos usuários do Orkut era de 16 anos e do Facebook, 35. Definitivamente, esta seria mais a minha praia. Logo no início, fui me familiarizando com a ferramenta e construindo minha rede de amigos. Hoje tenho mais de 400 e, provavelmente, muitos dos que estão lendo esta crônica/texto/artigo (sei lá como chamar) clicaram em um link no Facebook para chegar aqui. Agora já sei que não tem idade para usá-lo.

O que começou com uma forma de eu entender esse novo mundo para acompanhar o crescimento dos meus filhos, logo se tornou algo que passou a me fascinar. Não pela tecnologia em si ou mesmo por me abrir muitas novas oportunidades de relacionamento na vida. O fascínio vem do fato de como esta aplicação está reescrevendo a maneira como todos nós estamos nos relacionando ou mesmo nos expondo ou abrindo. Se por um lado tenho mais de 400 amigos, aumentando a cada dia, os quais podem compartilhar um pouco da minha vida, estou morando quase o mesmo tempo no meu novo apartamento e não tenho relação alguma com os meus 5 vizinhos de porta. Parece que, quanto mais nos conectamos globalmente, mais nos afastamos localmente.

Por meio do Facebook, consigo saber novidades dos meus amigos que moram em várias partes do Brasil e do mundo. Recebo informações instantâneas de qualquer lugar onde eles estejam, com dicas, fotos e tudo que possamos imaginar. Tudo isso sem sair da minha casa, sentado em uma mesa de bar ou viajando e usando o meu iPhone. Não importa onde estou. Basta ter uma conexão e passo a me relacionar com os meus amigos. Se eles estão online na mesma hora que eu, podemos conversar em um chat só nosso. Posso mandar mensagens para apenas um amigo ou escrever no meu mural e todos vão poder compartilhar a mesma informação. É, de fato, uma ferramenta muito poderosa.

A medida que fui fazendo crescer a minha rede de amigos, fui descobrindo mais e mais as maravilhas desta aplicação. Reencontrei amigos meus da minha infância. Agora sei um pouco de como eles vivem suas vidas, se estão casados, se tem filhos ou seja lá que novidade tenham. Até fotos antigas, que nunca tinha visto antes, encontrei no perfil de um amigo meu. Elas fizeram-me voltar no tempo e sentir saudades daquela fase das grandes aventuras que foi a adolescência.

Mas a rede não é só para compartilhar momentos do passado. O presente está ali todo dia. O que mais se vê são as pessoas compartilhando tudo que é tipo de coisa dos seus dias presentes. Por trás de toda a tecnologia, da distância, da globalização, etc, estão pessoas e seus comportamentos. No momento que você passa a ter uma grande rede de amigos, fica fácil perceber como as pessoas são diferentes e possuem comportamentos diferentes entre si. O Facebook não muda esta característica intrínseca de cada um. Claro que podemos usar uma máscara e interpretarmos um papel neste campo virtual ao nos relacionarmos, mas, com o tempo, todos acabam deixando a sua marca pessoal conhecida no mundo real. 

Tenho todo o tipo de amigos. Tem aqueles que adoram o Facebook tipo BBB: só para dar uma "expiadinha". Compartilham muito pouco, mas adoram seguir o que os outros amigos estão dizendo ou mostrando. Tem aqueles que querem que todos saibam onde eles estão. Em qualquer lugar que entrem, dão um jeito de publicar no seu mural a sua localização. Tem aqueles que adoram compartilhar momentos importantes nas suas vidas e publicam punhados de fotos. Tem aqueles que gostam de chamar atenção para fatos importantes do nosso país, para as nossas vidas ou para uma causa a ser seguida. Tem aqueles que usam o Facebook para fazer propaganda de alguma coisa. Tem outros que usam o potencial desta aplicação para dar uma importante notícia. Tem aqueles que deixam de olhar televisão para acompanhar as novidades “postadas” pelos amigos. Tem aqueles que querem compartilhar ideias. Ou seja, o que não faltam são motivos e formas de usá-lo.

Eu, na verdade, passei a usar o Facebook para tudo isso. Sinto-me mais próximo de todos meus amigos e conhecidos, mas, apesar do imenso potencial para relacionamentos desta ferramenta, ainda acho que não tem nada como sentar com um amigo ou familiar e bater um papo, olho no olho, para contar todas as novidades e conversar sobre qualquer assunto. Como tudo, porém, aproveito para usufruir do melhor dos dois mundos.